sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Cultura Zumbi

Dia 20 de novembro é um dia de reflexão sobre a resistência heróica do grande Zumbi e companhia em defesa de sua dignidade.
Será que nós, desta geração "moderna" lutaríamos como Zumbi em defesa de nossa sagrada dignidade?


Zumbi lutou contra a crueldade com que os "negros" eram tratados, colocando em risco sua própria vida.
A luta tem que continuar, mas hoje não precisamos de violência e nem armas de fogo, basta nossa inteligência e diplomacia.
Comemoramos o dia de Zumbi com música, danças, comida e festa, no entanto, ele não teve tempo para isto. Zumbi sabia que a verdadeira cultura está na liberdade de todos os tipos de opressão.

Preta é Minha Cor!
Com respeito,
Nabby.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Heroína da Liberdade

Harriet Tubman nasceu como escrava em 1819 em Maryland, Estados Unidos. Aos 12 anos de idade, ela foi gravemente ferida por um golpe na cabeça, provocado por um capataz, ao se recusar a ajudar a amarrar um homem que havia tentado fugir. Aos 30 anos de idade, ela conseguiu fugir e se instalou inicialmente na Filadélfia, onde conheceu William Still, no Underground Railroad (Caminho-de-Ferro Subterrâneo).
Com a ajuda de Still e outros abolicionistas, Harriet depois de se libertar da escravidão, retornou a Maryland para resgatar os outros membros de sua família. No total, Tubman levou cerca de 300 escravos para a liberdade ao Norte, através do "Caminho-de-Ferro Subterrâneo".



Ela viaja durante a noite e se escondia de dia. Ora se disfarçava de velhinha frágil ou de homem. Usava as canções como se fossem um código secreto. Quando era seguro sair dos esconderijos, cantava uma canção alegre e os foragidos reconheciam sempre a sua voz profunda e rouca. Uma vez iniciada a jornada em direção ao norte, Harriet nunca deixava que os escravos voltassem atrás. Se estavam demasiado assustados para continuarem, apontava-lhes uma arma à cabeça e dizia-lhes: “Ou continuas a andar ou morres."

Anos mais tarde, diria com orgulho: “O meu comboio nunca descarrilou. Nunca perdi um passageiro.” Chamavam-lhe “Moisés” porque libertou muitos escravos, conduzindo-os à liberdade. As autoridades ofereciam uma recompensa enorme pela sua captura, mas nunca foi apanhada.

Leia mais nos livros: Les routes de l'esclavage (Claude Fauque e Marie-Jo Thiel) e The Picture Book of Harriet Tubman (David A. Adler) ou no blog Condição da Mulher.

Não precisamos mais fugir para a liberdade, o que precisamos atualmente é de diálogo.
Preta é minha Cor!
Com respeito,
Nabby.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

SERF

Serf é uma palavra inglesa, que era usada para se referir aos escravos na Europa Medieval.
Estes escravos eram ligados às terras em que trabalhavam, logo se as terras fossem vendidas, eles iam junto, no “pacote”. Este tipo de escravidão foi abolido em 1816.
A memória desta crueldade se encontra nos livros e museus. E nem por isso, você vai ver alguém vestido com uma camiseta escrito: “100% SERF ou 100% ESCRAVO”.




Acorda e vive.
Preta é minha Cor!
Com respeito,
Nabby.

domingo, 29 de agosto de 2010

Quem é o Crioulo?

O termo “Crioulo” é derivado da língua espanhola, e era usado para identificar um filho de branco nascido no Caribe. Aos poucos esta palavra foi estendida para toda a população caribenha e nunca foi pejorativa. Diferente da palavra “negro” que sempre foi pejorativa em todo o mundo, mas que no Brasil as pessoas se acostumaram com ela.

Somente nos países de língua espanhola, “negro” significa cor. No Brasil não falamos espanhol e usamos essa palavra só para designar coisas ruins. E isso foi o que os nossos antepassados foram obrigados a aceitar durante a escravidão. Eles não diziam que tinham orgulho de ser negros, pelo contrário eles tinham nojo da escravidão e da maneira como eram tratados. Devemos ter orgulho dos nossos antepassados e não daquilo que eles foram obrigados a ser: Negros e Escravos.


Preta é minha Cor!
Com respeito,
Nabby Clifford.


“Branco, se você soubesse o valor que o preto tem.
Tu tomavas banho de piche, branco e, ficava preto
também.”
O Rappa – Mundo Negro


domingo, 15 de agosto de 2010

Cânticos 1:5

“I am black, but comely, Oh ye daughters of Jerusalem, As the tents of Kedar, As the curtains of Solomon.”

A Bíblia no Brasil interpreta esse mesmo verso assim:

“Eu sou morena, porém sou bela. Sou morena escura como as barracas do deserto, como as cortinas do palácio de Salomão.”

É uma pena nossa real identidade ser ignorada dessa maneira.
Até quando?

Preta é minha Cor!
Com respeito,
Nabby.

domingo, 8 de agosto de 2010

Faraós

A Bíblia Sagrada nos ensina que os judeus e árabes denominavam o Egito de “Terra dos Pretos”.
Cheikh Anta Diop e estudiosos sobre a África afirmam que durante o tempo dos Faraós, os egípcios se identificavam como “Kmt” ou “Kemitas” que significa “Povo Preto”.


A África é um continente do “povo preto” e negro foi a condição que lhe impuseram.
Leia mais no livro: Histoire générale de L’Afrique de G. Mokhtar.

A realidade não pode ser negada.

Preta é minha Cor!
Com respeito,
Nabby.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Emancipação

"Liberte-se da escravidão mental,
Ninguém além de você pode libertar sua mente
Não tenha medo da energia atômica,
Porque eles não podem parar o tempo..."

Já dizia Bob Marley em Redemption Song.

E eu digo: "Escravidão não existe mais no Brasil
porque libertaram nossos corpos.
Chegou a hora de libertarmos a mente.
Temos este direito".

Preta é minha Cor!
Com respeito,
Nabby.

sábado, 5 de junho de 2010

Lei Áurea X Liberdade

O dia 13 e maio é um dia de reflexão para todos os brasileiros. Mas será que algo mudou após a assinatura da Lei Áurea?

Parece que sim, o tempo tem o poder de mudar as coisas, mas a nossa verdadeira liberdade está bem longe. Ver uma pessoa não querer que seu próprio filho tenha sua semelhança é muito triste. Esta pessoa infelizmente não é Livre. Este é o caso de muitos pretos no Brasil. É uma pena estarmos perdendo a melhor coisa que temos, a nossa população.

“A verdadeira liberdade está naquilo que conquistamos e não no que nos é dado.” Aimé Césaire

Precisamos nos unir, pois nossa união nos libertará. Temos o direito de permanecer BLACK, NOIR, NERO, ASWAD, SCHWARZ, PRETO, SIM PRETO.


Deus nos abençoe.


Preta é minha Cor!

Com respeito,

Nabby.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Brasil Destaque

O Brasil é destacado na América do Sul não só pelo seu tamanho continental, mas também por causa da sua língua.
Somos a única nação que fala português em nosso continente e por isso temos que valorizar o nosso idioma. Muitos brasileiros usam a palavra Black (Preto) com muito orgulho e outros usam “negro” (que é negativa).
Invés de Black ou negro, vamos falar Preto!

Parabéns ao Gilberto Gil que deu a sua filha o nome de “Preta”. Ele sabe o quanto essa palavra é pejorativa em todo o mundo. E também sonha com a eliminação de “negro” para identificar o povo afrobrasileiro.

Preta é minha Cor!
Com respeito,
Nabby.

terça-feira, 16 de março de 2010

Afrodescendente, o que é isso?

Ouço tanto falar em "inclusão social". Dizem que devemos estudar ou virar atletas para sermos incluídos socialmente. Mas na verdade já nascemos com todos os nossos direitos. Essa tal inclusão social seria automática se as pessoas se afirmassem como brasileiro, afrobrasileiro ou preto brasileiro.
A palavra afrodescendente não nos identifica, pois ela não diz qual é a nossa pátria. Diz apenas que você é descendente de africano.
Enquanto a burguesia tenta nos excluir, temos que lutar para nos incluirmos.
Basta, bata no peito e diga que é brasileiro. Afinal foi com o sangue, suor e lágrimas de nossos antepassados que esta nação foi construída.


P.S.: Não nasci no Brasil, mas sou brasileiro de coração.

Preta é minha Cor!
Com respeito,
Nabby.

domingo, 7 de março de 2010

Palavrões

Apelidos pejorativos sempre foram usados como maneira de explorar os povos da antiguidade.
As palavras “Vândalo” e “Bárbaro” eram usadas para identificar alguns povos da Europa. A palavra “Esquimó” significa comedor de carne crua, era usada para identificar nativos do Alasca. A palavra “Negro” era usada para inferiorizar e identificar os povos da África, Índia, Papua Guiné, Nova Caledônia, Melanésios e todos os povos que tinham pele escura.



O mundo evoluiu, as pessoas evoluíram e essas palavras foram banidas, ninguém chama um europeu de Vândalo ou Bárbaro, um alasquiano ou alasquense de Esquimó, nem um africano ou afrodescendente de “Negro”.
Só falta o Brasil seguir este exemplo!

Preta é minha Cor!
Com respeito,
Nabby.

segunda-feira, 1 de março de 2010

De olho no Brasil

Na página 63 do livro “Insight Guides Brazil” de Edwin Taylor, o cientista social da USP, João Baptista Pereira, diz que está surpreso com a falta de consciência dos brasileiros pretos e mestiços. “A verdade é que os pretos não sabem se sofrem preconceito porque são pretos ou porque são pobres.”


E eu digo que preconceito é coisa mundial, no Brasil isso só é pior porque não fizemos nosso dever depois da abolição da escravidão.
Para os descendentes de escravos se tornarem cidadãos de verdade foi um longo processo, e a assinatura da Lei Aurea foi só o início.
O nosso dever é lutar a cada dia para eliminação de toda influência do horror que foi a escravidão. Não podemos criar movimentos negros para continuarmos negros.

Preta é minha Cor!
Com respeito,
Nabby

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Camisa “Preta é minha Cor!”

Já começou errada a maneira como os africanos eram tratados, como "negros" (inferiores).
Chegou a hora de aprendermos a usar a palavra certa, pois a escravidão já acabou.
Minha cor preferida é preta e não negra, pois na língua portuguesa não existe esta cor.

Cláudio Kote (Jornalista e Produtor musical)

Com respeito,
Nabby



P.S.: Interessados na camisa mandar e-mail: nabbyclifford@yahoo.com.br

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

África e Africanidades

Estou participando do concurso "Blog nota 10" da revista África e Africanidades.
O objetivo é eleger os melhores de blogs com conteúdo que valorizam e divulgam os aspectos artísticos, históricos e culturais da população africana e afrodescendente. Podem participar blogs do Brasil, Angola, Cabo Verde, Moçambique, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe.

Nesse concurso ganhar ou competir não é o mais importante.
O que me importa é dizer a verdade sobre a África e seu povo que não nasceu escravo. E sim foi escravizado.
Um povo que não nasceu "negro" (do grego "necro" = morto), mas assim foi chamado depois de se tornar escravo.
O racismo sempre existiu e vai existir em todo o mundo.
Mas enquanto o brasileiro continuar se identificando como "negro" e esquecendo da sua raiz africana, vai continuar inferiorizado pelos racistas. Tenha orgulho de ser Afrobrasileiro, negro foi uma palavra que inventaram para humilhar nossos antepassados.

Preta é minha Cor!
Com respeito,
Nabby

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Ovelha Negra

Numa família o bom filho é chamado de xodó da família enquanto o filho problemático é a "ovelha negra"; detalhes.
A diferença é que se este filho for branco, ele tem toda a liberdade de crescer até os pais lhe chamarem de "ovelha negra" (somente quando é ruim). E se este filho for preto, ele já nasce sendo chamado de negro, sem direitos de crescer para saber se seria bom ou ruim.
São estas coisas que nos atrasam, infelizmente não protestamos nem questionamos nada, protestar também faz parte da vida, até Jesus Cristo protestava.
Acorda e vive,
Nabby.
 
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Preta é minha cor! by Nabby Clifford is licensed under a Creative Commons Atribuição 2.5 Brasil License. BlogBlogs.Com.Br Add to Technorati Favorites